quinta-feira, novembro 23, 2006

Diário

Acabei de voltar de um evento-show com o Barão Vermelho. Maravilhoso ouvir "Codinome Beija Flor" ao vivo, com direito a clipe com o Cazuza e trechos reproduzidos com a sua voz. Quando comecei a gostar de música, uma das coisas que mais ouvia era Cazuza. Acho que hoje entendi porquê.

A perspectiva de receber pela labuta está cada vez mais distante. Antes era no mês que vem, agora será no ano que vem, se tudo der certo. Trabalha, trabalha, nego!

Minha alma canta. Vejo o Rio de Janeiro. Estou morrendo de saudade. Rio teu mar, praias sem fim. Rio, você foi feito pra mim. Cristo Redentor, braços abertos sobre a Guanabara. Esse samba é só porque, Rio eu gosto de você... (Tom Jobim) - Depois de meeeses, voltarei ao Rio. Mal vejo a hora!

Filmes maravilhosos para finais de semana em São Paulo:
"Pequena Miss Sunshine" - enredo e trilha sonora muito bons. Comédia sem grandes apelos e garantia de boas risadas

"Amistad" - África, África, que vontade de que abril chegue voando

"Vestida para matar" - dirigido por Brian de Palma, ótimo suspense. E como diria qualquer bom redator (ou professor de redação): "Presta atenção no título. Ele diz tudo!"

sexta-feira, novembro 10, 2006

Parteira, profissão que renasce

Unindo ciência e tradição, enfermeiras obstétricas ganham espaço na assistência ao parto

Às seis horas da manhã de uma sexta-feira, Helka enfrentava as dores do trabalho de parto num congestionamento da Marginal Tietê, na capital paulista. Chegou a pensar em correr para o hospital mais próximo, mas desistiu. Seu primeiro filho, Yan, hoje com 9 anos, nascera num parto cheio de intervenções médicas desnecessárias, e agora ela queria um atendimento mais humanizado, sem correria nem tratamento impessoal.

Quando finalmente chegou à Casa de Parto de Sapopemba, na zona leste da cidade, as enfermeiras obstétricas vieram recepcioná-la na porta, chamando-a pelo nome – apesar de ela ter estado ali apenas uma vez. Helka recebeu massagens e tomou chás para aliviar a dor e logo a bolsa estourou.

Após encontrar uma posição confortável para o parto – ela preferiu ficar na vertical –, sentiu-se pronta e segura para o grande momento. A todo instante as enfermeiras explicavam os movimentos do bebê e o porquê de cada dor, tranqüilizando-a. Às sete e quarenta Rav nasceu e, antes mesmo de ter o cordão umbilical cortado, foi para o colo da mãe.

No imaginário cultural brasileiro, as figuras de assistência ao parto se resumem a médicos, em hospitais, e parteiras, em áreas pobres do interior do país. Uma figura ainda pouco conhecida, mas que tem ganhado o reconhecimento do governo e da sociedade, é a das parteiras profissionais – enfermeiras obstétricas que atuam nas grandes cidades e vêem o parto como um evento natural, que, se estiver bem preparado e livre de complicações, pode muito bem ocorrer fora de um hospital.

Como herança das parteiras tradicionais – que aprenderam o ofício na prática –, essas profissionais sabem da importância de tratar a mulher como protagonista no parto, respeitando seus desejos e aliviando as dores com conforto emocional, técnicas de relaxamento e chás. Diferentemente do que acontece na zona rural, entretanto, elas foram formadas em universidades para fazer o parto de gestantes de baixo risco e são tão capacitadas quanto os médicos obstetras para esse atendimento. (...)

(Texto feito para a Revista Problemas Brasileiros nº 377, de setembro/outubro de 2006 - Para ler a reportagem completa clique no título)

quinta-feira, novembro 09, 2006

Desigualdades

Nas minhas aulas de redação, o assunto é desigualdade. Interessante perceber a quantidade de alunos envolvidos em situações de violações de direitos: amigos, pais e irmãos presos; ausência do direito à educação; sem direito à liberdade de pensar.

Poucos deles se dão conta de que a liberdade que procuram - se afastando das asinhas dos pais - de nada adiantará enquanto não for conquistada a liberdade de pensar, de agir por algum objetivo. E isso é difícil conseguir.

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Pessoas que já se conheceram sempre sentirão as mesmas coisas. E terão as mesmas reações às situações. Às vezes isso funciona. E é bom.

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"A saudade é como uma tatuagem na alma. Só conseguimos apagá-la arrancando um pedaço de nós mesmos."

As frases são do Mia Couto, escritor moçambicano, e estão em seu livro mais recente: "O outro pé da sereia".

Muitas vezes, ao invés de apagar a tatuagem, deixando uma cicatriz, é possível desenhar em cima dela. Fica mais bonito. E dói menos.