segunda-feira, junho 20, 2005

Nada mal

Tanta gente feliz por aí e eu sempre correndo atrás dos mesmos erros. Pra que prometer se eu sempre descumpro minhas próprias promessas? É só prometer e pronto! Alguma força sobrenatural me faz querer o que havia prometido não querer.

Isso deve ter alguma explicação científica. Qualquer dia vão provar, em alguma daquelas teses de universidades inglesas, que você só promete a si mesmo o que sabe que não vai cumprir. Tenho certeza de que isso é controlado por genes. Quem sabe não serei eu mesma que publicarei, na BBC Brasil – meu sonho de consumo – uma matéria dizendo que os genes que controlam nosso desejo de prometer algo nos aumentam o desejo por essas mesmas coisas.

Já sei! Prometo que nunca mais prometo nada a mim mesma.

E que intenso é esse desejo de não levar a sério o que prometi com tanta ênfase há tão pouco tempo. Parece que não me preocupo com o que vou sentir depois, que vivo apenas o momento. Sei que não é assim. O mundo não é assim. Tudo que acontece modifica, alegra, irrita, não passa incólume. E sei que descumprir promessas pode ser perigoso. Nunca tive tanta vontade de arriscar! Prometo que vou saber quando parar!

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