Estamos em uma pequena cidade sueca no início dos anos 1970. Amores, crenças e paixões colocados à prova a cada instante. Uma casa dividida entre cerca de dez pessoas com objetivos semelhantes - um casal que prega o amor livre, outro que acabou de se separar (a mulher virara lésbica), um homossexual, algumas crianças, outro casal com crenças mais fortes no anarquismo. Além de roupas características dos hippies, a casa não tinha televisão e lá eles não comiam carne. O clímax vem com a chegada de estranhos ao ambiente e uma série de transformações no pensamento de cada um daqueles que viviam sob o mesmo teto.
O filme é o Bem Vindos, do diretor sueco Lukas Moodysson, que assisti pela primeira vez em 2001, nos tempos de cursinho. Assisti novamente ontem e, apesar de gostar bastante, todo aquele cenário de contradição me pareceu mais familiar. É um ótimo retrato de uma sociedade quase distante da nossa. Recomendo!
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É contraditório como eu me afasto, mesmo sentindo falta, e me reaproximo, já não sentindo tanta falta, de muitas pessoas. Neste final de semana revi pessoas que já foram muito importantes alguns anos atrás, na minha vida de início de trabalho sério. Havia me esquecido do quanto algumas delas me incentivavam, em diversos assuntos. Mesmo timidamente e sem que elas percebessem, amadureci bastante com o convívio. Deu saudade, mesmo que não acompanhada de alguma vontade de voltar atrás.
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"Sempre haverá entre nós o amor. Sempre haverá entre nós o tempo. Sempre haverá entre nós as horas." É assim, ou mais ou menos assim, que termina e que começa o filme As Horas.
Também revi esse filme no final de semana e a primeira vez que assisti foi em um carnaval remoto, de 2003 ou 2004, não consigo lembrar.
Três mulheres aparentemente muito bem - com maridos ótimos, bem sucedidas na carreira, com vários amigos e bens materiais - têm crises pela falta de algo que não sabem o que é. Todas querem mudar a vida de alguma maneira, mas se culpam por jogar fora vidas aparentemente perfeitas.
Não consigo me prender a alguma vida, não consigo ainda criar raízes nem achar que as coisas devem continuar como estão. Tudo está acontecendo e mesmo assim não quero continuar com tudo isso por muito tempo. O que não significa, no entanto, que eu não esteja gostando de todas as novidades. Precisava aprender a me focar. Foco, Lúcia! Foco!!!
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Um comentário:
Quando assisti As Horas no cinema saí meio deprê, mas não por causa das mulheres, com as quais seria impossível me identificar, mas por conta dos maridos (de duas ao menos) que achavam que a vida estava ótima sem perceber ou sequer conseguir compreender a razão da tristeza de cada uma das esposas.
Fiquei curioso com o tal Bem Vindos, nas suas palavras pareceu retratar um conflito interessante. Vou procurar.
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